Lixão a céu aberto: pesquisa revela que surgimento de depósitos irregulares está ligado à vulnerabilidade social dos municípios

O Sindicato Nacional das Empresas de Limpeza Urbana (Selurb) realizou uma pesquisa onde aponta que o surgimento de lixões nos municípios está diretamente ligado aos baixos níveis educacionais, investimento baixo per capita em limpeza urbana e densidade populacional reduzida. O estudo divulgado nessa segunda-feira (15) ainda aponta que a questão econômica das cidades é o que mais influencia na criação de um lixão a céu aberto.

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De acordo com a pesquisa, cidades que apresentam pelo menos um lixão têm, em média, 90,8% de dependência financeira de programas governamentais, enquanto que os municípios que destinam os resíduos de maneira apropriada apresentam a taxa de 79,1%, em média. Com isso, o dado demonstra que as cidades socialmente mais vulneráveis estão mais suscetíveis ao descaso.

Desse modo, a pesquisa também constatou que as cidades com maior volume de recursos do orçamento público dedicado à coleta tendem a criar menos lixões. Para se ter uma ideia, os municípios que possuem lixão gastam aproximadamente R$ 76 mil mensalmente com o serviço. Por outro lado, as cidades que oferecerem um tratamento adequado investem cerca de R$ 534 mil no período.

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Lixão a céu aberto é mais comum nas cidades do interior

A pesquisa ainda levantou que cidades com menor concentração urbana tendem a gerar mais lixões, uma vez que para se fazer a destinação adequada de resíduos é necessário um processo mais complexo de logística, por exemplo. Assim, quanto maior a distância a ser percorrida e menor o volume de lixo a ser coletado, mais cara fica a atividade.

Vale ressaltar que o Índice de Sustentabilidade da Limpeza Urbana (ISLU) medido pela Selurb, em parceria com a PricewaterhouseCoopers (PwC), aponta que 53% dos municípios brasileiros ainda não dão o tratamento ideal para o lixo produzido pela população e os deposita em locais clandestinos.

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